Vamos tomar um café?
Este post é dedicado principalmente à Anita foi a primeira a responder à questão no meu último post e escolheu Café, dedico-o também aos apreciadores de café como eu que não passam um dia sem esse precioso líquido.
Para mim não há nada melhor do que começar o dia com o aroma do café. No entanto existem várias variedades de café, mas antes de falar das variedades, um pouco da História do café.
Sabia que segundo a lenda foram as cabras do pastor Kaldi na Etiópia que descobriram o café?
Pois é, lá estou eu outra vez a falar das cabras. Não, não tenho nenhuma obsessão com este animal, mas este animal tem uma certa obsessão com bagas.
De acordo com a lenda no século IX, o Pastor Kaldi ter-se-ia apercebido que as suas cabras após algumas horas escondidas regressavam muito agitadas, decidiu segui-las e viu que se deliciavam com uma bagas vermelhas que lhes causavam o efeito de euforia, assim decidiu ele próprio comer uma dessas bagas e verificou por si próprio o efeito que causavam. Ao regressar ao mosteiro para o qual trabalhava partilhou a sua descoberta com os monges do mosteiro local, mas estes não reagiram favoravelmente à descoberta do pastor, achando-os malignos e atearam fogo aos frutos. Porém, o aroma emanado pelos frutos torrados levou-os a reconsiderar e a recolher os frutos das cinzas. Como não podiam comer para cumprir o jejum, mas podiam beber, esmagaram os grãos na água e fizeram uma infusão, e após beberem descobriram que esta os mantinha despertos durante os períodos de Oração e Meditação.
No século XIV, antes da sua presença na Europa chamavam ao café” vinho da arábia “ por ser chamado de “qahwa” em Árabe que significa “vinho”
Com o dealbar dos Descobrimentos no Século XV o café é levado para plantações noutros países em África e também para o continente Americano.
Atualmente extraem-se os grãos de café das bagas vermelhas este é submetido ao processo de torrefação que determinará o seu sabor, pois durante este processo ocorre uma reação química: os amidos transformam-se em açúcar, as proteínas decompõem-se e toda a estrutura celular do grão se altera, fazendo com que fiquem maiores e mais leves. À medida que o tempo aumenta, os grãos de café começam a alterar a cor e a forma, assim como o calor vai possibilitando a libertação do óleo de café – o chamado cafezal ou essência do café. A reação química do calor e da essência do café é chamada de pirólise, que é o que produz o sabor e o aroma de um determinado café.
Depois os grãos podem ser classificados em grãos de arábica ou Robusta. Os de robusta são mais pequenos e arredondados e os de arábica maiores e ovalados.
O grão de arábica produz um café mais suave e adocicado e o grão de robusta um café mais forte e encorpado.
Desaconselho vivamente o consumo de qualquer lote que seja cem por cento Robusta sem qualquer mistura, pelo facto de este se tornar deveras forte. Mas um lote de cem por cento arábica poderá ser consumida sem receios. Contudo eu pessoalmente prefiro um café constituído maioritariamente por grãos de robusta, com uma percentagem de cerca trinta por cento de arábica, ou seja, um café encorpado e forte.
Depois tanto escrever sobre café, está-me a apetecer um. Como já disse gosto dele forte e encorpado e vocês?
Texto de minha autoria graças aos conheciemntos adquiridos após ter trabalhado seis meses como promotora de um amarca de cafés. Imagens retiradas da Internet com link de referência.