O D. é um menino especial com algumas dificuldades, mas muito calmo e carinhoso.
Depois de ter havido uma situação complicada, em que alguns colegas da turma se tinham envolvido, enquanto este se encontrava por perto a brincar, perguntei-lhe se me sabia contar o que tinha visto, pois como D.T estava a apurar a situação. A resposta dele foi fantástica:
-Sim, eu vi S’tora. Mas não me lembro de nada, porque estava muita confusão e eu fui para o meu lugar feliz!
Estão ali de corpo presente e de mente ausente. Outras vêem-te como um alvo a abater, e depois há aquelas em que se consegue uma simbiose perfeita. Há respeito, há carinho, há aprendizagem, e que, mesmo quando a professora lhes falta num tom mais rispido e os obriga a estar alerta, entendem que é porque se preocupa com eles e lhes quer bem.
Turmas que mesmo quando não concordam com algo, têm a coragem de o dizer, sem afrontar e sem desrespeitar. Há turmas e turmas, aquelas em que podes brincar, que não pensam que é sinal que te podem desrespeitar. Há turmas que te respeitam, mas não te vêem como pessoa, como mentor ou mentora, onde só lhes interessa o processo de ensino aprenizagem e cumprem o seu dever, que são brilhantes,mas não ficam no coração.
E depois há aquelas que não são tão brilhantes, mas são tão deliciosamente humanas, que te inspiram, que te motivam, que te desafiam a ser melhor, que te vêem como um ser humano , como um mentor e que te ficam no coração e despede-te deles a aprender danças ciganas e a ouvir Imagine Dragons.