Imagem retirada da Internet com link de referência
Hoje os meus alunos do quinto ano perguntaram-me o que foi o 25 de Abril. Estávamos nas aulas de Língua Portuguesa. Então expliquei-lhes. Houve uma altura em Portugal, que as pessoas que cá viviam não eram livres.
Não eram livres de falar, de discordar, não eram livres de dar a sua opinião. Tinha de se ter muito cuidado com o que se dizia e com o que se escrevia. Se não o fizessem iam presos. Mas vários grupos de homens e mulheres de grande coragem começaram a revoltar-se e apesar de muitos terem ido presos, muitos continuaram a reunir-se em segredo e um dia conseguiram reunir forças para libertar o país desse governo a que chamava Ditadura porque os homens só podiam fazer o que lhes era ditado.
Nesse dia muita gente festejou com os soldados que libertaram o país. Os homens que lideraram a revolução ficaram conhecidos como os Capitães de Abril.
E mais importante ainda, a nossa liberade foi conquistada sem se derramar sangue. Sem ter havido uma morte sequer.
Uma florista que ia a passar levava cravos na mão e começou a oferecê-los aos soldados. Assim o 25 de Abril é festejado como o dia da liberdade em Portugal e os cravos o seu símbolo. Espero que saibam merecer a vossa liberdade que a tanto custo foi conquistada.
texto de minha autoria
Republicação do texto publicado originalmente neste blog a 24.04.09 e que nestes últimos dias tem trazido visitantes ao blog. Se carregarem na Imagem e pesquisarem "Os Capitães de Abril"encontram um artigo com os nomes de muitos que foram herois desta Revolução.
Espero ter ajudado as pessoas que crescentemente procuaram este blogue por causa deste artigo.
Olhou-se no espelho sem se reconhecer. Olhos sem vivacidade. A alvura do seu cabelo diferia da cor a que se habituara. Tinha sulcos vincados no rosto, como traços da vida tatuados na pele de quem vira o tempo passar por si, e não se apercebera da sua passagem. O marido perecido. Não quiseram filhos. Eram artistas noturnos. Brilhavam os dois todas as noites, dando ritmo e vida a quem rodopiava nos braços do destino. A vida muda num minuto. Saíram de moda. Deitou-se nostálgica. Estendendo o braço tombou o candeeiro nas cortinas. Rejuvenesceu eterna e flamejante nos braços do amado.
Inspirado na música: El Cuarto de Tula
No post da Cecília que me fez reencontrar com esta fabulosa e nostálgica música cubana
E também no blogue de Jordi Cébrian Cuentos de Cien Palabras. Cujo post da Isa me fez sentir saudades de o ler e de escrever Microcontos.
Não, não estou a fazer um post com palavrões e não comi nenhum gato,apenas bebi, mas nenhum gato sofreu. Arroz de Puta é mesmo o nome da receita. Conta a História que nos bordéis do Brasil, onde muitas das vezes além dos prazeres da carne, também se faziam tertúlias até altas horas, os seus clientes começavam a precisar de também de um aconchego para o estômago. Assim faziam um arroz onde juntavam todas as carnes que tinham alguns enchidos, alguns frutos secos e passas. Existe a versão de Arroz de Puta Rica com grande variedade de carnes e Arroz de Puta Pobre. Tive conhecimento da história desta receita através do meu marido que por sua vez teve conhecimento da mesma através de uma colega sua de profissão que numa visita a uma amiga no Brasil, lhe tinha servido o prato e contado a sua história, inspirando uma crónica.
Ora a nossa versão se calhar ganha o novo nome de Arroz de Puta Remediada. Mas estava bem saboroso. E o Gato Branco? Bem, se repararam bem na foto, o Gato Branco era o vinho Tinto. Vou-vos confessar comprámos o vinho porque achámos piada ao nome e o preço era acessível, mas não era nada mau.
Só vos digo, foi um belo jantar!
A receita? Bem o marido é que cozinhou, terão de lhe pedir a ele.