Já há algum tempo que se encontravam pela Internet. Ela tinha visto um programa onde as pessoas encontravam a felicidade em sites de Internet. Porque não? Pensou ela e registou-se num site considerado dos melhores, onde só pessoas influentes se registavam. Estava descontente com a vida, com a carreira, com a família e até com os amigos. Estava cansada de se sentir sozinha. De abrir a porta da casa e ser recebida pelo silêncio. Queria mais da vida. Não queria uma vida comum. Queria viver uma aventura um romance, como os dos livros que lia. Tinha visto num programa de televisão que naquele site poderia encontrar pessoas cultas de boa posição social e financeira. Porque não juntar o útil ao agradável? Pensou ela. E um dia em que nada tinha para combater a solidão, tomou então a decisão de se registar no site.
Porque não? Não tinha nada a perder. Era perigoso. Diziam-lhe algumas amigas. E conhecer alguém num bar, numa discoteca, ou até num trabalho não era?
Não lhe importava, gostava do risco. Do sabor a aventura que fazia sentir-se viva.
Entrou no site primeiro sem se registar. Foi procurando até que o encontrou. Era bom demais para ser verdade que aquela pessoa existisse. Parecia o homem dos seus sonhos. Escrevia a frase que ela costumava usar na brincadeira, na sua apresentação. “O mundo é lindo, vem conhecê-lo, comigo se a tua ideia de acampar é só em hotéis de 5 estrelas.” Não conseguiu evitar uma gargalhada e imaginar-se a acampar num hotel de 5 estrelas com um cavalheiro fino elegante e sedutor como ele parecia ser.
Registou-se e ganhou coragem. Viu que ele estava on-line e ganhou coragem. ” Olá como estás?”. Ele respondeu e foram falando. Perguntou porque o escolheu e ela respondeu que iria adorar acampar num hotel de 5 estrelas. Riram-se os dois. A partir desse dia falavam sempre à mesma hora. Contavam tudo um ao outro, tinham-se tornado amigos íntimos, cúmplices. A amizade virtual ganhava contornos de algo mais que uma amizade real. Decidiram dar o passo de se conhecerem pessoalmente. Já haviam trocado fotografias, confidências, intimidades, só lhes faltava trocar olhares, pernas, braços beijos, entrelaçarem-se de desejo que já sentiam. Era Carnaval. Combinaram ir a uma festa mascarados. Ela iria de “ Diaba”. Ele de Vampiro. Combinaram uma senha para terem a certeza. “Ela perguntaria, posso beber do seu corpo?” Ela responderia: “cuidado! Tenho o diabo no corpo.”
A festa era, como não podia deixar de ser num hotel de 5 estrelas. Ela chegou primeiro, conforme o combinado sentou-se no balcão do bar e pediu um Bloody Mary.
Não tinha passado muito tempo quando sentiu uma respiração quente no seu pescoço:”Posso beber do seu corpo?”, sorriu e respondeu “ cuidado! Tenho o diabo no corpo”. Virou-se para ele e a imagem era ainda melhor que na fotografia. Talvez fosse do fato vampiro, mas fez com que o desejasse ainda com mais ardor. Ele ficou impressionado. Ela tinha mesmo o diabo no corpo. E apetecia-lhe sugar-lhe alma, os peitos a boca. Percorrer todo aquele corpo com sua boca.
-Vem – disse-lhe ele.
Aquela voz rouca e quente fazia-a estremecer. Levantou-se e ele puxou-a para dançarem.
- Queres continuar aqui? – Perguntou-lhe ele
- Não – disse ela – vamos para um lugar mas calmo.
- Então vem.
Ela seguiu-o sem um palavra. Não conseguia descrever a sensação segui-lo-ia até ao Inferno. Ele queria levá-la ao céu.
Não fez perguntas. Ele levou-a para um dos quartos do hotel como se tudo estivesse previsto e planeado. Ela não se importou. Significava que a desejava.
-Lembras-te de como nos conhecemos?- Nem esperou pela resposta. Então vamos fazer o que combinámos.
Os morangos e o chantily encontravam-se já no interior do quarto. Ele não quis aguardar mais. Beijou-a. Despiu-a lentamente. Queria ter o prazer de descobrir como era olhar e desnudar cada pedaço daquele corpo. Ela percorreu o corpo dele freneticamente com as mãos. Queria senti-lo. Ele empurrou-a para cima da cama. Dispôs-lhe os morangos e o chantily em cima do corpo e foi-a beijando enquanto comia os morangos, lambia o chantily e lhe trincava ligeiramente os mamilos cobertos de cahntily. Ela queria que ele lhe sugasse a alma e ele que ela tivesse o diabo no corpo. Ela trincava os morangos e escorria-lhe o suco enquanto o depois o lambia e chupava pelo corpo todo até o fazer gemer de prazer. Eles uniram os corpos até que o prazer os derrotasse.
Desde esse dia nunca mais trocaram confidências, nem palavras, nem fotografias, nem desejos.
Apenas entrelaçaram os corpos, as almas e nenhum dos dois queria mais do que isso.
Ela via nele o homem que lhe queria devorar mais do que o corpo a alma. Para ela, ele era a tentação a que nunca conseguia resistir, o jogo sem vencedor. Não queria continuar, mas não conseguia sair nem resistir àquele jogo de sedução.
Ele via nela o sangue, o pecado, o demónio da tentação que infernizava os dias na busca do prazer que ele não queria perder.
Um dia depois de fazerem amor beberam duas taças de vinho tinto,que ela escolhera, rubro da cor do sangue . Ele fora fumar para varanda.
Quando regressou ela dormia e tinha um bilhete na almofada dele.
"- Desculpa o jogo acabou. Ganhaste a minha alma."
Ele sorriu e adormeceu. “E tu ganhaste a minha” pensou ele.
Adormeceram ambos embriagados pelo veneno da sedução, sorvido num cálice de vinho tinto, rubro da cor do sangue.
Estão sem ideias para o jantar? Ou do que hão de cozinhar amanhã? Querem uma sobremesa diferente e não sabem o que hão-de fazer? Ou preferem um bolinho mais tradicional para acompanhar com uma chávena de chá aromático em dias de chuva?
Então eu tenho a solução,isto é, a minha amiga Sara no seu blog
E olhem que já provei as receitas dela e são de chorar por mais.
Hoje, de acordo com o calendário chinês entramos no ano do Porco, para a civilização milenar chinesa este representa o último dos doze signos do Zodíaco e um símbolo de paz, harmonia e prosperidade.
De 5 a 7 de fevereiro,Lisboa, Vila do Conde e Lagoa juntam-se às celebrações do Ano Novo Chinês, que decorrem em 2019 sob os auspícios do Porco, com eventos e manifestações culturais chinesas, da ópera à gastronomia.
Há dias em que chove tanto, que não queremos estar em lado nenhum senão em casa. E se depois desses vem um raio de sol, o que queremos é tudo menos estar encaixotados numa sala de aula e muito menos com uma turma de alunos que não querem aprender. E nesses dias, procuramos uma forma de o tempo passar depressa. O D. Olhava pela Janela e a professora em vez de dizer: Não olhes para a janela. Dizia-lhe:
- Escusas de estar a olhar para aí que não vais ver os Celtas chegar a Península Ibérica.
O D. para de olhar para a Janela, os outros sorriem.
O MC enquanto a professora fala dos deuses Celtas e da adoração ao sol, faz gestos no ar com as mãos, a professora não lhe pergunta o que faz e não o mada estar quieto, em vez disso pergunta-lhe:
-Estás a tentar apanhar um raio de Sol? Olha que não é fácil. O MC para de gesticular, os outros sorriem.
Entretanto o M, o I, o F e a MY pegam-se entre si, a professora chama a atenção para pararem e refilaram: foram para a Biblioteca,”. Quem perdeu foram eles.” disseram mais tarde os outros.
Calam-se todos por um bom bocado, mas depois tentam reavivar um burburinho.
A professora está cansada. Não lhe apetece mandar calar ninguém. Está sem paciência, mas não quer desistir.
O D. tenta batucar na mesa discretamente, a professora não manda parar. Pega na matéria que está a dar e improvisa um pequeno Rap com a mesma. Os alunos olham para a professora estupefactos, mas calam-se. Apenas o batuque das mãos do D., a voz da Professora e os sons ritmados que o J faz com a boca. A professora desafia os alunos a juntarem-se-lhe. Uns vão outros desistem. A professora alinha com os que ficaram e desafia a Turma para a próxima aula. Não há toques, mas está na hora. “O quê? Perguntam eles. Mas eu agora queria mais aula.” Dizem eles no fim dos noventa minutos. De vez em quando sabe bem, surpreender e inovar não há receitas. Só Inspiração e o resultado é este:
A professora sai da sala de alma cheia. É só a sua pior Turma, mas conseguiu ! É isto que a move, conseguir dar-lhes a volta. Na aula seguinte, nenhum queria ir para a Biblioteca, não fizeram barulho nenhum e trabalharam com afinco e atenção. Agora é só esperar não lhe faltar inspiração.