sei que estou sem dar notícias há uns tempos e sem ler os vossos cantinhos. Tenho vindo aqui só de passagem. ver o mail e responder os comentários. Decidi tirar também umas férias de internet e tentar aproveitar o máximo. até lá fuqem com um pouco de boa disposição .
Quem me conhece sabe que adoro cães, embora por muitos e variados motivos não tenha nenhum. Mas em miúda tive três e ainda sinto saudades de todos.
Ora o que acontece é que estou a chegar à conclusão que algo de estranho se passa comigo. Devo ter sido cão ou cadela numa vida anterior, porque cheguei á conclusão que sofro de um caso grave de atração canina.
Imaginem-se sossegadinhas a saborear um belo peixe grelhado numa esplanada de um restaurante de Sesimbra e de repente um cachorro gigante (Grand Dannois) foge do dono para pousar os eu focinho gigantesco no vosso colo? (E não, não queria comer. ) E de seguida desata a lamber-vos.
Passeiam calma e tranquilamente numa rua antiga do Foz Velha no Porto e de repente ouvem o dono chamar pelo pequeno gigante Pastor Alemão que se lança numa correria desenfreada para pousar as patas nas vossas costas? E a seguir depois de estacarem e dizer:
- Olá cãozinho. - Desata a lamber-vos.
Estão em casa do amigo do vosso namorado/ namorada e de repente o Doberman dele, que não te conhece de lado nenhum decide pousar o seu gigantesco focinho no teu colo à espera de festas?
Cada vez que estacionam ao pé daquele vizinho que tem uma cadela que não sai sem ela, a primeira coisa que ela faz é fugir do dono para ir ter contigo?
Passeias com o namorado/a numa zona onde muita gente passeia os cãezinhos e os donos têm de lhes puxar as trelas e pedir-te desculpa porque eles querem ir atrás de ti e o namorado/ namorada ainda te diz a rir-se da situação. “Deves ter cheiro de cão”.
Estás na praia a brincar com o teu filho e de repente um Lobo de Alsácia dá-te uma lambidela atrevida na nádega com o com o dono sem saber para onde ele se tinha escapulido?
E ah és a professora nova que além de duas ou três pessoas faz festas no enorme cão, mascote da escola, que colegas de há dez anos nunca se atreveram.
Não sei se vos aconteceu, mas comigo é frequente. Ainda ontem um pequeno cachorro veio dar-me beijinhos nos tornozelos.
Pois cheguei a pensar que ia conhecer a minha cara metade através de um destes meus fãs caninos, por acaso, não calhou, acho que é só um caso grave de atração canina.
É fácil tecer críticas aos outros quando não se está do outro lado da linha. Eu nunca trabalhei no 112, mas conheço quem trabalhe e o meu marido recentemente tirou um curso de socorrismo, onde entre outras coisas é explicado como funciona o 112.
Para começar não é um trabalho para qualquer um, devido à sua especificidade, por este e por outros motivos frequentemente têm falta de pessoal, pelo que as pessoas têm de se desdobrar.
O Verão é um período complicado em que duplicam o volume das chamadas. Muitas das vezes isso aumenta o tempo de espera.
Ora o serviço do 112 tem de encaminhar as chamadas para os serviços corretos. Antes demais o operador tem de determinar se a chamada se refere a um acidente de viação, à comunicação de um furto roubo assalto, violência doméstica, ou outro tipo de situação que envolva violência. Tem também de determinar se é necessária a presença de um médico e verificar a disponibilidade de viatura médica. Este procedimento não é feito ao acaso. Existe um protocolo rígido de perguntas que têm de seguir e acreditem caso não sigam o protocolo as consequências podem ser muito graves para o operador e para quem ligou. Ora tudo isto infelizmente leva algum tempo precioso. Mas mandar uma ambulância para um local indevidamente ou transferir uma chamada para um serviço indevidamente pode ter consequências muito mais drásticas. Por fim e por incrível que possa parecer há telefonemas falsos!!! Como é possível??? Enfim pessoas inconsequentes que já levaram a situações de serem enviadas ambulâncias em vão para sítios onde afinal ninguém tinha ligado. Parece impossível mas é real, assisti à frustração de alguns profissionais desta área sobre casos destes.
Ligou para o 112 numa aflição e demoraram mais de cinco minutos? Pense em todas estas situações e ajude o serviço a ser mais breve:
-Não perca tempo a reclamar (se quiser faça-o mais tarde, mas vai gastar tempo precioso)
- Ouça o nome do operador que fala consigo e fixe-o
- Tenha todos os dados possíveis à mão se possível;
-Tente responder a todas as questões o mais objetivamente possível.
- Se tentar ajudar um desconhecido tente obter informações através deste ou revele logo que não tem forma de as ter. Dará pelo menos para avaliar idade e sexo.
- Siga rigorosamente as instruções dadas.
- Se não tiver uma morada exata para dar, pois pode estar no meio da rua, dê referências como o nome do local onde se encontra e lojas, cafés ou supermercados existentes por exemplo.
Lembre-se o operador é aquele que encaminha o serviço, o atraso das ambulâncias por vezes depende do civismo dos automobilistas e infelizmente, já vi muitos não facilitarem a passagem.
Por fim lembre-se falhas todos nós temos infelizmente. E sim já tive situações em que este serviço foi moroso e demorado demais e me obrigou a agir por outros meios para evitar situações delicadas. Mas também houve situações em que me valeram prontamente. O meu obrigada aos esforços empreendidos por todos ligados ao serviço do 112.
Para melhores esclarecimentos pode também consultar o guia disponibilizado pelo 112 online, para saber como agir em caso de necessidade de contactar com este serviço.
Ok! Ok! Ok! Obrigada por me fazerem poupar uns trocos e assim não ter de os gastar numa ida infrutífera ao cinema ver O Mama Mia 2, pessoalmente não me seduz para ir ao cinema, mas a miúda até pensou nisso. Agora, é mesmo preciso estar sempre um post em destaque com o mesmo tema?
Hoje despeço-me de meu amigo pela última vez . Uma esposa diz adeus pela última vez ao marido que parte cedo demais. Um filho diz adeus ao pai que não voltará a ver e que não pegará nos seus filhos ao colo. Um irmão mais novo diz adeus ao seu irmão Uma mãe e um pai despedem-se do seu filho pela última vez algo que nunca devia acontecer. Deviam ser sempre os filhos a dizer adeus.
Consola-me saber que o meu amigo era muito feliz.
fotografia retirada da internet com link de referencia.
Agosto tem por hábito de me trazer notícias tristes… Um amigo uma vez disse-me que havia um ditado que dizia que “o casamento em Agosto traz o sangue no rosto”, mas eu começo a achar que o mês de Agosto traz o sangue no rosto…
Escrevo este post de lágrimas nos olhos e coração partido.
Estava a escrever outro post completamente diferente quando o telefone toca. Era aminha mãe a informar-me que um dos poucos amigos de infância que tinha, faleceu num acidente de mota.
As nossas mães eram amigas desde miúdas, ambas foram madrinhas de guerra no tempo da guerra colonial, ambas casaram com militares Paraquedistas.
Devido à profissão dos nossos pais mudávamos muitas vezes de casa e de terra, esta era a família que sempre ficou perto de nós fosse em África ou em Portugal. Crescemos, juntos, passámos férias juntos. Era uma pessoa cheia de vida, ao pé dele era impossível estarmos tristes. Quando era miúda, para mim, ele representava o irmão mais velho que gostava de ter tido.
A vida foi-nos afastando fisicamente, mas a amizade manteve-se e com as redes sociais voltou a ser mais fácil manter o contacto. E eu ainda não quer acreditar que há um ou dois anos ele sobreviveu a um acidente de Parapente para agora falecer num estúpido acidente de mota.
Dos fracos não reza a História diz o ditado e por vezes das rainhas também pouco se fala e muito menos das infantas portuguesas que foram rainhas no estrangeiro, sendo muitas delas quase ilustres desconhecidas do nosso povo, mas figuras que sem dúvida pela positiva ou pela negativa marcaram a história de outros.
São dezoito histórias de dezoito infantas que foram rainhas no estrangeiro. Umas infelizes e mal-aceites na corte estrangeira, outras loucas e odiadas, rainhas devassas e rainhas fracas.
Mas também temos histórias de amor tão comoventes a de Pedro e Inês. Casais que acabaram separados porque o papa achava o laço de parentesco demasiado próximo e uma rainha cuja beleza e bondade cativaram não só o povo que a acolheu com quebrou vários corações.
Numa linguagem simples e acessível o jornalista Américo Faria conta-nos a história destas nossas ilustres figuras femininas, e como a vida real por vezes ultrapassa a ficção temos um pouco de tudo intriga, romance, paixão traição e até um pouco de ação.