De acordo com dados ONU a cada 5 segundos morre uma criança com fome no mundo. Uma em cada seis crianças vive em zonas de guerra. Outras vivem em barcos de Refugiados entre a vida e a morte. Outras são crianças de rua.
No congo e na Nigéria quando não podem criar as crianças acusam-nas de bruxaria e abandonam-nos.
Dia da criança? Quando o será para todos?
Quantos terão a sorte que este menino abandonado por bruxaria e recolhido por esta dinamarquesa teve?
Investe-se milhões em armamento e noutros projetos para ultrapassar as fronteiras da Terra.
Quando se investirá a pensar em melhorar as condições e vida de algumas crianças?
Sei que é uma utopia, mas era tão bom que vivêssemos num mundo onde o dia da criança, fosse para todas as crianças.
Era criança e sonhava com as estrelas que todas as noites via no céu, com a lua longínqua num céu distante, que no seu brilho nocturno lhe traziam a promessa de um novo mundo, em que a fantasia reinava , tal como nas lojas de brinquedos. E no seu sonho, no seu mundo não havia casas. Só palácios de tectos estrelados, onde num quarto aconchegante, numa cama confortável, um rosto feminino de feições delicadas e olhos profundamente tristes, se acercava dele beijando-o carinhosamente na testa, e ao sentir o beijo tudo se desfazia. Restava apenas uma névoa . A névoa que escondia essas recordações submersas no seu inconsciente de criança, onde as suas recordações, de um rosto de mãe aconchegando-o no seu leito, se confundiam com os sonhos de palácios e fantasia que as estrelas e a lua lhe recordavam. Existia apenas e só o sonho. E continuava, até ao alvorecer do dia a sonhar, no seu sono doce e ingénuo de criança . Na sua verdadeira casa, debaixo de um tecto - céu estrelado, aconchegado em lençóis de jornal numa cama banco de jardim , onde apenas o vento suave lhe beijava a testa.
(Republicação dedicada às crianças que não conseguem celebrar o dia da criança)