Contra a pornografia infantil na Internet

Acenda uma Vela
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Acenda uma Vela
No entanto, já não sentia medo ao pensar nela. O arrepio que percorria o seu corpo à sua imagem desaparecera e era substituído por uma sensação de calor, de paz interior. O seu rosto, o seu sorriso não lhe saíam da ideia. Aquele olhar profundo, os olhos grandes e negros, parecendo sorrir também. O cabelo castanho liso, caindo-lhe desalinhado sobre os ombros. A simplicidade, a suavidade da sua voz. Tudo nela era tão belo, tão suave e tão profundo que nada parecia real.
Comentou o facto do bilhete estranho com a mulher, quando chegou a casa.
- Deve ser cansaço disse ela, e não deu grande importância ao assunto. Mas ele ainda assim ficou a pensar: Bem, hoje é Segunda até Quinta – Feira tenho tempo de ver se é realmente cansaço. Porém, nos dois dias que se seguiram, o incidente repetira-se, só que ele já não lhe dizia nada, quando ia para devolver o bilhete e pedi-lo de novo, hesitava e voltava a vê-lo, e à sua segunda vez , via sempre um bilhete normal de passageira.
Na noite de Quarta para Quinta, levou tempo a adormecer, sem decidir se ia trabalhar ou não. Os pesadelos atormentavam-lhe a noite. Sentia-se a rodopiar dentro do comboio, com o rosto dela à sua volta sussurrando-lhe repetidamente: Lucas não vás trabalhar, não vás trabalhar! Não vás trabalhar…
Acordou a suar, ardia em febre. A sua esposa trazia-lhe um chá.
- Já acordaste? Ainda bem. Não descansaste a noite toda. Falaste toda a noite. Estás com muita febre. Isso é de andares a trabalhar demais, sem folgas, nesta época. Lucas não vás trabalhar, não estás em estado de ir trabalhar. Eu aviso para o teu trabalho. È a primeira vez que faltas em vinte anos!
Pela primeira vez, desde que aquela mulher tinha surgido no comboio, conseguiu dormir descansado, em paz.
Eram oito da manhã de Sexta – feira quando a mulher o acordou:
- Lucas acorda, acorda depressa ela chorava e tremia ao mesmo tempo, que se abraçava a ele e o beijava Obrigada Dizia ela Obrigada meu Deus, e a ti sejas quem fores.
- Que estás para aí dizer? Que se passa mulher? - Perguntou-lhe atarantado.
-Ouve – disse ela. Na rádio noticiavam o acidente do comboio da meia-noite, em que Lucas era suposto estar a trabalhar. O comboio tinha descarrilado. Não tinham morrido pessoas, mas muitas estava feridas e em estado grave.
- Se não estivesses doente, tinhas ido trabalhar? – Perguntou-lhe a mulher.
- Sim - Respondeu Lucas - Mas quem, sabe se não foi mesmo por isso que adoeci!!!
No dia seguinte Lucas foi trabalhar com intenção de procurar a mulher e agradecer o aviso, tentando ao mesmo tempo esclarecer o mistério de onde conhecia aquela mulher, e quem ela era. Mas não a viu, nem naquele dia, nem nunca mais.
Flora guia,
guia na calçada,
guia e não pode
que vai ensonada.
guia, Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada.
Saiu de casa
já atrasada;
regressa a casa
é já noite fechada.
No volante do seu carro
volta à estrada,
com o pé no acelerador
regressa esgotada
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada.
Flora é nova,
e bem despachada
tem um carro velho,
para andar na estrada
Ferve-lhe o sangue
de irritadada;
quando está parada
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada.
Passam ciganos,
rapaziada,
lavam-lhes os vidros
fica irritada
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na pasta
pousou-a esgotada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
bem ensonada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
juntou-se a ela
não deu por nada.
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da pasta,
bem arrumada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
guia acelerada,
rasa o passeio,
desce a calçada,
chega à escola
à hora marcada,
fala que fala,
ralha que ralha,
fala que fala,
ralha que ralha,
fala que fala,
ralha que ralha,
fala que fala,
ralha que ralha;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre ao bar,
volta à toada,
fala que fala,
ralha que ralha,
fala que fala,
ralha que ralha,
fala que fala,
ralha que ralha.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Flora acelera até
à calçada.
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada,
guia que guia,
guia na calçada,
guia que guia,
guia na calçada,
Anda Flora,
Flora guia,
guia que guia,
guia na calçada.
Plágio brincalhão de Flora Rodrigues
António Gedeão
Teatro do Mundo (1958)
Ilustração fotos do sapo.
- A Bíblia dos Muçulmanos chama-se Kodak.
- O Papa vive no Vácuo
- Antigamente na França os criminosos eram executados com a
Gelatina
- Em Portugal os homens e as Mulheres podem casar. A isto chama-se
monotonia.
- Em nossa casa cada um tem o seu quarto. Só o papá é que tem de
dormir sempre com a mamã.
- Os homens não podem casar com homens porque então ninguém podia
usar o vestido de noiva.
- Um seguro de vida é o dinheiro que se recebe depois de ter
Sobrevivido a um acidente grave.
- Os meus pais só compram papel higiénico cinzento, porque já foi
utilizado e é bom para o ambiente.
- Adoptar uma criança é melhor! Assim os pais podem escolher os
filhos e não têm de ficar com os que lhe saem.
- Adão e Eva viviam em Paris
- O hemisfério Norte gira no sentido contrário do hemisfério Sul
- As vacas não podem correr para não verterem o leite.
- Um pêssego é como uma maça só que com um tapete por cima
- Os douradinhos já estão mortos há muito tempo. Já não conseguem
nadar!
- Eu não sou baptizado, mas estou vacinado.
- Depois do homem deixar de ser macaco passou a ser Egípcio.
- A Primavera é a primeira estação do ano. É na primavera que as
Galinhas põem os ovos e os agricultores põem as batatas.
- O meu tio levou o porco para a casota e lá foi morto juntamente
com o meu avô.
- Quando o nosso cão ladrou de noite a minha mãe foi lá fora
amamenta-lo.
Se não os vizinhos ficavam chateados.
- A minha tia tem tantas dores nos braços que mal consegue
erguê-los por cima da cabeça e com as pernas é a mesma coisa.
- Um círculo é um quadrado redondo
- A terra gira 365 dias todos os anos, mas a cada 4 anos precisa de
mais um dia e é sempre em Fevereiro. Não sei porque. Talvez por estar muito frio.
- A minha irmã está muito doente. Todos os dias toma uma pílula,
mas as escondidas para os meus pais não ficarem preocupados.
"O cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um!!!"
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