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Sopa De letras

Vinha à procura de sopa? Aqui há , mas só de letras! Letras atiradas ao acaso saídas de uma Caixinha de Pandora.

Vinha à procura de sopa? Aqui há , mas só de letras! Letras atiradas ao acaso saídas de uma Caixinha de Pandora.

Aos que lutaram

 

Que as vozes do que trabalham nunca se cansem de gritar pelos seus direitos

Que os Braços dos que trabalham nunca se cansem de lutar pelo que é seu

Que as pernas dos que trabalham nunca parem de os guiar

Que a força dos que trabalham prevaleça!

Pelas mães que pariam os filhos mortos e iam trabalhar a seguir,

Pelas mães que pariam os filhos vivos e iam trabalhar a seguir

Pelas que pariam e depois morriam, porque não podiam parar.

Pelas crianças que laboravam horas sem parar

Sujas, descalças, sem saber o que era brincar …

Pelas mães que não tinham pão nem condição

Para alimentar as bocas vazias de fome no seu lar

Por todos que de sol a sol laboravam

Na terra de rostos tisnados e cansados

Cujas amas dos filhos eram árvores, pás e arados.

Pelas mães que perdiam os filhos nas minas

Pelas crianças com infâncias e corpos mutilados

Nas máquinas imparáveis dos intocáveis

Que tudo o que se conquistou

Com sangue suor e lágrimas permaneça

Que esta herança não esmoreça.

 

Texto de minha autoria Direitos reservados.

Homenagem aos trabalhadores e a  todos  que no passado lutaram pela conquista de direitos que hoje damos como adquiridos.

Avó

 

 

Procuramos-te em vão

No regresso ao lar

Mesmo sabendo que não te vamos encontrar

Ficamos na esperança de rever

O teu terno sorriso, teu meigo olhar

Procuramos-te em vão

No regresso ao lar,

Mesmo sabendo que não te vamos encontrar,

Sentimos ainda a tua presença no ar.

Partiste sem avisar, sem nada dizer,

Mas não te vamos nunca esquecer.

Procuramos-te em vão

No regresso ao lar,

Porque agora é no nosso coração

Que está a morar

A tua doce e terna recordação....

 

 

Poema escrito por mim

Em memória da minha avó materna

Falecida a 13 de Junho de 1998

foto retirada da Internet

Estarás sempre no meu coração...





Lembro-me de esperar deitada na cama, mas já estando acordada que, o cheiro do café invadisse a casa.

Quando o cheiro do café invadia a casa e chegava ao meu quarto no sótão, era como se ouvisse o som suave da tua voz chamar-me.

E assim que eu sentia o cheiro do café acabado de fazer descia as escadas para tomar o pequeno – almoço.

 Para beber um café com leite recheado de histórias, da tua vida, de como criaras dois filhos sozinha, de como foras uma mulher corajosa e que nem sempre a vida te fez justiça.

Adorava ficar na mesa com aquele cheiro inconfundível do café que acabaras de fazer e ficar a ouvir as tuas histórias, de pescadores, bruxas e diabos, de fantasmas nas encruzilhadas, lendas de tesouros escondidos e mouras encantadas.

 Lembro-me de ti sempre ao de nós, a tomar de mim desde que nasci.

Sei que por vezes nos desentendíamos mas também sei que me percebias melhor do que ninguém.

Quando me falta força para lutar é à tua memória que a vou buscar.

 Sonhei contigo pouco antes de saber que estava grávida.

Estavas linda, numa casa com Jardim como eu sempre sonhei um dia poder te oferecer. Era lindo o Jardim.

Conversámos as duas e eu dei-te um abraço entre lágrimas.

Depois convidaste-me para entrar e lanchei contigo.

 Disseste que ia nascer um bebé na família e que teríamos a notícia em Julho.

Depois despedi-me e nunca mais sonhei contigo.

A 19 de Julho soube que estava grávida.

Por isso nunca tive dúvidas de que a minha filha iria ter um anjo muito bom com ela.

Ainda hoje acredito que és tu que a proteges e que estavas ao meu lado quando eu estive sozinha com ela.

Tenho a certeza que ela te iria adorar.

Sabes por vezes, não parecia, mas eu amava-te muito.

De ti herdei o gosto pela vida, a teimosia, a perseverança e o gosto por contar histórias.

Como era bom adormecer a ouvir-te contar histórias.

De ti herdei o gosto pelo café com leite e o prazer que é sentir uma casa invadida pelo cheiro do café.

Mas um dia as rosas que plantaste, nasceram brancas e tu partiste no fim-de-semana seguinte. Tu partiste sem avisar e deixaste muitas saudades.

Tinhas 74 anos e uma história de vida que dava um filme.

Tenho saudades de beber café com leite contigo.

Nunca mais o cheiro do café acabado de fazer foi o mesmo. Nunca mais me soube tão bem o café com leite.

Farias hoje 85 anos se fosses viva.

Mas estás viva, no meu coração por isso estas linhas e esta rosa são para ti.

Sabes, às vezes, ainda espero pelo cheiro do teu café acabado de fazer ao acordar….

 

 

Dedicado à minha avó Lucília Dos Reis Dias

Uma mulher fenomenal



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